sexta-feira, 1 de abril de 2011

Teóloga publica artigo com “provas” de que Deus tinha uma esposa


Conquistar um título de doutorado em Teologia na conceituada Universidade de Oxford, Inglaterra, não é algo fácil. Quando se é mulher e ateia, torna-se algo ainda mais complicado. Mas Francesca Stavrakopoulou (foto) chegou lá e hoje é professora do departamento de Teologia e Religião na Universidade de Exeter e apresenta semanalmente uma série produzida pela BBC chamada Os Segredos Escondidos da Bíblia.

No episódio que foi ao ar duas semanas atrás, ela divulgou a sua tese: os antigos israelitas pensavam que o seu Deus Yahweh [Jeová] foi casado. Ou seja, o politeísmo, adoração de muitos deuses, não foi uma corrupção de alguns israelitas do monoteísmo. Eles tinham, segundo ela, bons motivos para crer que havia mais de um deus.

Segundo a pesquisadora, as primeiras versões da Bíblia apresentavam uma deusa da fertilidade, Aserá, como a possível companheira de Deus. Mas essa não é uma ideia nova. Em 1967, o historiador Raphael Patai já defendia que os antigos israelitas adoraram tanto Yahweh quanto Asherah (Aserá, em português).

Para “provar” a existência dessa suposta “esposa de Deus” são citados indícios em textos antigos, amuletos e estatuetas encontradas por arqueólogos nas ruínas de uma cidade cananéia, na região de Kuntillet Ajrud, que hoje pertence à Síria. Inscrições em cerâmica encontrada no deserto do Sinai também mostrariam que Yahweh e Asherah eram adorados em conjunto. Também colaboraria para isso a passagem no Livro de 1 Reis que menciona uma imagem da deusa colocada no templo do Senhor e teria sido adulterada posteriormente.

Presidente do Centro de Estudos Judaicos do Arizona e do Instituto Albright de Pesquisas Arqueológicas, J. Edward Wright defende a tese de Stavrakopoulou, afirmando que várias inscrições hebraicas mencionam “Yahweh e sua Asherah”. Ele acrescenta que o nome de Asherah não foi inteiramente retirado da Bíblia por seu editores do sexo masculino.

Wright explica que ela era uma divindade importante, símbolo de fertilidade no antigo Oriente (foto)

, conhecida por sua força e cuidado. Afirma ainda que seu nome por vezes foi traduzido como “árvore sagrada”. Há relatos de que essa árvore foi “cortada e queimada fora do Templo, numa atitude de certos governantes que tentavam ‘purificar’ o culto e dedicar-se à adoração de um único Deus masculino, Yahweh”. ”Mas os vestígios dela permanecem e, com base nisso, podemos reconstruir o seu papel nas religiões do Levante do Sul”, conclui o estudioso.

Aaron Brody, diretor do Museu Bade e professor adjunto de Bíblia e Arqueologia na Pacific School of Religion, diz que os antigos israelitas eram politeístas e que só uma “pequena porção” adorava apenas a um Deus. Para ele, foi o exílio de uma comunidade de elite dentro da Judeia e após destruição do Templo de Jerusalém em 586 AC que os levaram a uma “visão universal do monoteísmo restrito.”

A popularidade de Stavrakopoulou com o programa de TV está gerando curiosidade sobre seus livros e artigos, que são a base da série da BBC. Tradicionalmente o material da emissora inglesa é exportado para o mundo todo, portanto essa questão logo deverá chegar a muitos países.

Fonte: Gospel+/A Noticia Gospel

Um comentário:

  1. Isso é uma BLASFÊMIA. DEUS PROIBIU A ADORAÇÃO DE OUTROS deuses! HÁ INÚMERAS PASSAGENS BÍBLICAS QUE DIZEM QUE O YAWEH(QUE NA VERDADE O NOME É YAHUH) É UM! E ESTA ESTÁTUA CANANÉIA É DOS POVOS PAGÃOS QUE MORAVAM LÁ ANTES DOS ISRAELITAS.

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